Moitará é o nome utilizado para troca de mercadorias entre os indígenas. Existe o moitará entre os índios da mesma tribo e também o encontro anual de trocas entre as tribos que vivem no Alto Xingu. É muito importante esse compartilhamento de saberes e fazeres dentro da cultura brasileira.
O moitará entre tribos acontece principalmente porque cada um desses povos é reconhecido por uma certa especialidade produtiva:
* As grandes panelas de cerâmica, de fundo chato e espessas bordas voltadas para fora, são uma especialidade dos Wauja.
* Os arcos de uma dura madeira preta são feitos exclusivamente pelos Kamaiurá.
* Os colares e cintos de garras de onça e de discos de caramujos são confeccionados pelos povos falantes de línguas da família Karib (Kalapalo, Kuikuro, Matipu eNahukuá).
* O sal de potássio é extraído do aguapé e armazenado pelos Aweti, Mehinako eTrumai.
As trocas envolvem esses e outros tipos de mercadoria: adornos de penas, armas, canoas, flautas, redes de dormir e de pescar, cestas, cabaças, pimenta, alimentos e animais, além de bens dos brancos. Antes da realização das trocas, os homens lutam huka-kuka.
Para que houvesse o melhor entendimento por parte dos alunos do 3º ano referente a esse assunto, a professora Crislaine sugeriu que eles fizessem trocas de objetos entre si.
É interessante notar que, apesar dessa prática ocorrer desde os primórdios da sociedade, precedendo o surgimento das moedas, acontece até hoje e tão próximo de nós.
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